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1 de janeiro de 2020

Reflexão para os dias atuais: pra onde vai nosso lixo?


Todo comecinho de ano é mais ou menos assim: a gente resgata aquela "listinha de metas" elaborada com a maior boa vontade e confiança no fim do ano anterior (em meio a festas e correria),  pra verificar então, passada a euforia, o que é realmente importante, o que dá pra realizar e o que foi pura bravata regada a champagne ou sidra...

(Re)começar a dieta, entrar na natação, se inscrever naquela oficina de fotografia [pura bravata!], visitar a tia querida que mora longe, se alimentar melhor, se cuidar melhor [assim, de modo genérico, é bem fácil], voltar pro yoga, resgatar a espiritualidade...

Há uma infinidade de promessas que fazemos a nós mesmos e que renovamos todos os anos no desejo e na intenção de sermos pessoas melhores, de vivermos melhor e de cuidarmos melhor daquilo que consideramos que não deve ser negligenciado...

E... vamos combinar: o tanto de lixo que geramos e descartamos todos os dias é tema que não mais podemos negligenciar.


Precisamos enxergar nosso lixo e compreender que ele é responsabilidade nossa...


Para as gerações anteriores, lixo costumava ser algo "invisível". Mamãe e papai não o enxergavam muito bem, vovô e vovó tampouco, bisas e "bisos", "tataras", todo mundo que veio antes de nós... Ninguém se importava (e isso nem chegava a ser uma questão) com o destino do lixo, aliás, do seu lixo (muito importante frisar que, sim, lixo tem dono - isso passa despercebido ainda por muita gente)... 

Socialmente (e "hereditariamente"), então, adquirimos o costume de não enxergar nosso lixo e de não nos responsabilizarmos por ele... Assim, por "herança" e força do hábito, eu e você temos feito como as gerações passadas: juntamos todo nosso lixo numa sacola, botamos do lado de fora da casa e esperamos, hoje como sempre, que uma "mágica" aconteça. E, então, todo lixo que acumulamos nos últimos dias (plim!) "desaparece", cômoda e convenientemente. Uma maravilha que só!

Só que não... Todo lixo que "some" das portas de nossas casas, não some, mas se acumula contamina áreas (antes limpas) em cantos quaisquer (invisíveis??) das nossas cidades - os já saturados "lixões".

Tem sido assim, a vida toda foi assim, por força do hábito eu e você continuamos a fazer assim, mas não pode continuar assim.  O meu lixo e o teu lixo, hoje, se tornaram tema digno de entrar nas nossas mais audaciosas e bem intencionadas listinhas de  metas de fim de ano por uma vida melhor.

O bem (ou mau) do mundo se apoia em gestos e decisões individuais, em mim e em você...


Meta pro ano novo: dar um destino menos nocivo ao meu lixo, incluindo o orgânico!


Reciclagem de plástico, vidro, metal, papel e óleo de cozinha não é novidade pra ninguém. Eu já reciclo esses materiais há muitos anos, mesmo antes de a companhia de coleta urbana atender ao meu bairro com o serviço de lixo reciclável. Naquela época, saíamos, marido e eu, feito dois retirantes voltando pra terra natal, com sacolas de pano enormes penduradas nos ombros, carregadas de embalagens, potes, garrafas, vidros, cumbucas, papel, etc, até o supermercado mais próximo que oferecia tal serviço. Depositávamos nossos recicláveis nas caçambas devidas e aproveitávamos pra fazer mercado ali mesmo.

De uns anos pra cá a companhia municipal passou a recolher recicláveis no nosso bairro e as idas àquele mercado ficaram menos frequentes...

Ok... Os materiais recicláveis em minha casa estavam recebendo o destino devido e também já cuidávamos do descarte correto de lâmpadas, pilhas e afins, mas... Me incomodava muito (e cada vez mais) o fato de jogar no lixo cascas de banana, de legumes, de ovos, cascas e caroços de manga, de mamão, ervas de preparo de chá, pó do preparo do café, pão que embolorou, fruta que apodreceu... Porque eu sabia que aquilo ali era matéria orgânica muito rica em nutrientes pra terra... e que, indo parar num aterro sanitário, sem tratamento, misturado a outros materiais, com incidência de sol e calor (e fermentando), aquilo acabaria virando chorume e gás tóxicos... Uma perda duplamente lamentável: a matéria que poderia servir de adubo sendo desperdiçada e, pior, virando veneno que contamina solo e águas...

Quando, no ano passado, eu (re)comecei a me dedicar à jardinagem amadora, eu aprendi um monte de receitinhas de "bombas vitamínicas" para as plantas com o uso desse "lixo" orgânico (dá até dó chamar de lixo, porque é VIDA PURA, gente!), mas a demanda do meu pequeníssimo jardim não dava conta de tanto resíduo orgânico. A ideia de comprar uma pequena composteira, por sua vez, também não cabia no meu padrão e hábitos de vida e eu estava bastante frustrada por isso, porque eu tinha a clara convicção de que não poderia continuar tratando o meu lixo orgânico como sempre tratei... mas não encontrava uma solução... 

Foi então que marido deu a ideia: "Si, pesquisa por compostagem comunitária, alguém já deve ter inventado isso".

E não é que já tinham inventado mesmo!? ;)


O Ciclo Orgânico


Pesquisando sobre compostagem comunitária eu encontrei o Ciclo Orgânico. Idealizado por Lucas Chiabi, o projeto recolhe e transforma em adubo os resíduos orgânicos das casas dos seus inscritos. São oferecidos vários planos de coleta (com os "Baldinhos") dependendo do quanto de resíduo orgânico cada família produz e, portanto, da frequência com que precisa que seu "lixo" seja recolhido. 

Ciclo Orgânico recolhe e trata o nosso "lixo". No processo, todo material recolhido será virado e revirado, misturado a outros resíduos que auxiliam na compostagem, e transformado (com suor, conhecimento técnico e dedicação dos mestres composteiros) em composto orgânico que é distribuído para 3 finalidades. Uma parte é doada para hortas comunitárias na cidade, outra parte é disponibilizada para venda no site do Ciclo e 2kg são ofertados de volta a cada inscrito todo mês e, de quando em quando, você recebe também, junto com o composto, sementes de ervas ou hortaliças - eu já recebi de berinjela e de pimenta biquinho. :) Gente, é muito amor! ♥ ♥ 

Compostagem coletiva - Lucas Chiabi - Ciclo Orgânico
Olha aí o Lucas!


Em agosto do ano passado eu ingressei no "Ciclo" e, desde então, passei a sentir uma satisfação imensa, eu diria que uma alegria mesmo - muito embora possa parecer estranho sentir alegria a respeito de "lixo" (vovó pensaria assim, rs) ou, ainda, sob um enfoque mais moderno, a respeito de um assunto em que temos, enquanto sociedade, tanto a amadurecer ainda (meu sobrinho faria a crítica, rs)... Mas a verdade, não posso negar, é que juntar meu lixo orgânico no baldinho me traz satisfação e alegria sim. E é uma mudança tão simples (tão simples!), e que, no entanto, pode fazer tanta diferença! A diferença, aliás, é demonstrada em números no site do Ciclo

E é aquela velha história, né... A mudança do mundo começa em nós, enquanto indivíduos, cada um fazendo sua parte, o que lhe cabe, do jeito que pode e como dá. O bem (ou o mau) do mundo inteirinho se apoia em gestos e decisões individuais - e isso inclui a mim e a você (e, dentre outras escolhas, ao destino que damos, hoje, ao nosso lixo).

Eu me encantei com a proposta e com o trabalho do Ciclo, com a disposição e comprometimento de toda equipe, com a seriedade e transparência, mas também leveza, com que tratam o assunto. Tudo isso sem falar na importância e necessidade, nos dias de hoje, de um serviço como esse, que nos oferece a "ferramenta" (ou a "solução"!) pra tornar viável a vontade de dar um destino mais limpo, mais saudável, mais sustentável e menos nocivo ao nosso lixo.

Uma proposta tão simples quanto imprescindível: realimentar quem nos tem alimentado por milênios, devolvendo à terra o alimento e riqueza que dela extraímos para viver, retomando e reconduzindo o ciclo natural da VIDA, por nós mesmos, um dia, interrompido...

Quer fazer parte desse ciclo? Conheça melhor a proposta do Ciclo Orgânico, aqui.


Promoção pra cumprir sua mais nova meta de ano novo!!!



O Ciclo Orgânico está oferecendo uma promoção pra te ajudar a cumprir a meta de cuidar bem e dar um final mais limpo ao seu lixo orgânico. Quem se inscrever, até o dia 10/01/2020, nos planos de coleta do Ciclo ganha o Baldinho - sem taxa de inscrição ;)

Nesse período, também os produtos disponibilizados para compra (como composto orgânico e "chorume do bem", dentre outros) serão entregues sem custo de frete!

Confere lá, na Lojinha do Ciclo ;)


Há projetos como esse espalhados pelo Brasil


Se você não mora no Rio de Janeiro, onde o Ciclo Orgânico atua, aqui tem uma lista que eles disponibilizaram com outros projetos como esse Brasil a fora. Veja se algum desses projetos atende a sua localidade e comece já a cuidar do seu lixo orgânico! ;)

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