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4 de fevereiro de 2022

Cantilena pra São Benedito


Entre os anos de 2007 e 2014, marido e eu acompanhamos de perto o calendário de celebrações do Reinado* em Minas Gerais, acolhidos (e incentivados a comparecer sempre e cada vez mais) principalmente pela Irmandade de Justinópolis, que nos "adotou" (como adota a todos que lá chegam, aliás) e por cujos irmãos guardamos carinho, respeito e gratidão imensos e com quem aprendemos preciosas e marcantes lições. 

Num contexto desses, você é apresentado a histórias, a históricos, a modos de viver e a crenças que não necessariamente são os teus, mas que inegavelmente te envolvem naquela aura, da identidade daquele povo, das suas realidades, das suas realizações, e que te fazem dobrar os joelhos e chorar feito criança diante da graça concedida: poder contactar o que lhes é Sagrado. ♥ 

Foi assim, através daqueles irmãos devotos, que me senti tocada e muito emocionada com o lugar que dão a São Benedito em suas vidas. Com o coração inundado pelo amor que vi e senti transbordar naquelas ocasiões junto aos Irmãos do Rosário foi que, pensando num dos mestres daquela Irmandade, compus essa "prece-canção". ♥ 

Isso foi no ano de 2013, quando nossas visitas àquela Irmandade já rareavam e a saudade apertava... E a canção ficou guardada e restrita ao meu caderninho e aparelhinho gravador de mp3, sem previsão (e sem pretensão) de sair de lá... 

Apenas recentemente (tipo... no mês passado!) meu marido (sempre dedilhando coisas aleatórias ao violão) encontrou acidentalmente uma base de violão que nos tocou de imediato! Achei que ele estava rascunhando alguma versão da Ave Maria, aquela base de Bach... Mas não... Apesar da semelhança que percebo entre essa base e aquela, Dagô me disse, ainda surpreso ele próprio com o achado: "É a música do São Benedito!"... 

As coisas têm seu próprio tempo... E têm seus meios de, atravessando tempo e espaço, fazerem-se chegar até nós... E aquele violão recém-"encontrado", singelo e minimalista (e que, no entanto, nos lembrou uma das mais belas músicas já produzidas na humanidade), veio se casar com essa "prece-canção" que aguardava adormecida seu momento de visitar outros corações e que, por ser uma oração, precisava justamente de algo assim: tão simples e sem excessos, pra poder preservar o sentimento ali contido de intimidade, de Coisa Sagrada que a gente um dia recebeu da Vida e que entrega de volta, a partir do coração... ♥ 

* Se você não conhece as manifestações de Reinado/Congado no Brasil e quer saber um pouco sobre a história de devoção das Irmandades dos Homens Pretos no Brasil, neste post aqui, eu escrevi um pouco a respeito disso.

Abaixo deixo o vídeo que gravamos com essa "prece-canção" e, mais abaixo, a letra...



Cantilena pra São Benedito 
(Simone dos Santos) 

Glorioso Benedito, hoje eu quero te louvar 
por me dar a tua bênção, por sempre nos amparar; 
Caridoso Benedito, do regaço todo em flor, 
não nos deixa passar fome nem de pão nem de amor... 
Ó, bondoso Benedito, de doçura e tanta luz! 
Foi por isso que Maria pôs nos teus braços Jesus. 
Meu santin', São Benedito, tu que forras o meu chão 
pros meus pés pisarem as pedras feito fossem de algodão... 
E por isso, Benedito, por tão bem me proteger, 
por me dar amparo e bênção, hoje eu vim só agradecer, 
por me dar amparo e bênção, hoje eu vim só agradecer ♥ 


8 de janeiro de 2021

Música para inspirar novo recomeço

 

Recomeçar não serve de grande coisa se não pararmos para avaliar o que não deu certo, qual a nossa participação naquilo que não deu certo e o que podemos fazer de diferente para, enfim, a 'coisa' dar certo... 

Recomeçar começa no despir-se e no encarar-se, no olhar pra dentro de si e se ver inteiro. Nisso, há que se deparar com os próprios erros, fraquezas, nossa "sombra", não só nossa luz...

Recomeçar não é repetir o já feito, o já sabido... Recomeçar é, antes, "zerar-se" de certezas, de orgulho, vaidades, apego, e dispensar nossas máscaras ou armaduras pra, só então, poder dar novos passos, verdadeiramente novos e sinceros, porque agora despidos e sem maquiagens...

O que precisamos aprender nesses tempos tão difíceis? O que precisamos aprender (em qualquer tempo, aliás) que ainda não aprendemos? Quais lições nos faltam?

Esta música que quero compartilhar hoje pode nos dar uma pista...

Que 2021 seja um ano mais amoroso e gentil pra todos nós!


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8 de outubro de 2020

Novidade em ano de suspensão...


Quem passeia com alguma frequência aqui pelo Coisicas já deve ter lido posts onde eu falo da importância da música na minha vida, posts em que deixo vídeos de músicas que acho bonitas e até posts onde publiquei algumas composições minhas... Se você ainda não viu nada disso, depois clica na 'etiqueta' de Música ali em cima, no 'cabeçalho' do blog.

Mas é que essa vida é mesmo muito doida, né? Que, num momento tão doido como esse que experimentamos, ainda nos seja possível encontrar ou criar algumas brechas de sossego para tomarmos algum fôlego que nos mantenha vivos, sãos e... fortes ainda!

E foi assim que eu criei, junto com marido, um canal de música no Youtube, pra desanuviar, pra desentristecer e pra compartilhar coisa boa...

Passa lá pra conhecer! Se gostar, fica com a gente, se inscreve e compartilha entre os seus amigos e familiares! ;)

Abaixo deixo o link que leva direto pro canal e também nosso primeiro vídeo, de apresentação...






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18 de maio de 2020

Música para sonhar...


... com dias ensolarados,
com janelas abertas pro sol entrar,
com crianças correndo em quintais floridos...


Alinha - música composta por Dagô

8 de abril de 2020

Música para tempos de incerteza...




Para tempos de incerteza: ouvir Castello Branco.
Para ouvir Castello Branco: despir-nos das nossas certezas.


O peso do meu coração - Castello Branco e Tomás Tróia




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8 de novembro de 2018

Meu primeiro 'vídeo-PAP' - Assumindo o canal Coisicas no youtube... (Ou quase)


Tem coisa de dois anos e meio eu criei um canal no youtube com a única e desinteressada intenção de publicar uma canção minha (apenas e tão somente porque não conseguia publicá-la diretamente aqui no Coisicas...). No mês passado eu acabei publicando outra música minha lá e, nesse período todo aí, usei aquele canal apenas duas vezes!

Apenas agora, bem recentemente (tipo: semana passada!), me ocorreu que eu poderia (deveria!) usar aquele canal para publicar meus PAPs. (Eureka??)

Bem, aqui devo fazer uma ressalva... (três anos de blog e a "pessoua" começa a contar seus segredinhos ou manias disfarçados em "ressalvas")... Eu não tenho a menor simpatia, curiosidade, pendor ou sentimento de "pertencimento" por redes sociais... Não tenho nenhuma dessas "ferramentas ciberfacilitadoras da comunicação humana"... E nem pretendo. 

Para queimar a minha língua... tenho este Blog! (Tá. Já me situaram, é bem verdade, que isso anda meio fora de moda, que "não funciona", que "ninguém lê blog", mas eu adoro o Coisicas! - Fazer o quê??). E tenho também uma conta no pinterest, porque uma amiga (doida!) abriu lá pra mim sem me perguntar! (Ela sabia que, se me perguntasse, eu não toparia, rsrs - Mas..., pra ser bem sincera, passado o susto inicial (que durou uns 6 segundos), eu até curti que ela tenha criado um pinterest pra mim! :)). 

Essa ressalva aí foi só para explicar por que razão uma criatura tem conta no youtube e, em dois anos e meio, usou apenas duas vezes! E, ainda (e mais grave), por que essa mesma criatura, tendo um blog de artesanato onde publica PAPs de vez em quando (com textos exteeeeeensos), nunca pensou, considerou, vislumbrou ou cogitou a possibilidade de fazer "vídeo-PAPs" para mostrar como fazer essas pecinhas dum modo mais fácil, valendo-se duma linguagem mais atual e atraente... 

É que essa criaturinha aqui é beeeeem "desconectada"... :P

Mas agora eu pretendo me redimir! E resolvi me esforçar em "assumir" o canal e "reinaugurá-lo" com PAPs simplezinhos e fáceis... Começo por um que até já publiquei aqui (de um quadrinho do divino montado sobre porta-retrato).

O mais bacana, divertido, interessante e curioso dessa história toda, a meu ver, é que acabei me empolgando de verdade e fiquei super inspirada a criar uma vinheta alegrinha especialmente para a ocasião! Porque... vamos combinar: vídeo mudo ninguém merece, né?? ;) Daí, imaginei uma base bobinha de violão com 3 acordes, bolei um assobio bobo e repetitivo (a ideia era mesmo essa, rs), mostrei pro marido e ele interpretou e traduziu os meus "blons" (minha tentativa de vocalizar os acordes que tinha imaginado pro violão) e ainda criou outras linhas de violão! Então gravamos, brincamos de inserir palmas, gritinhos e... Não é que a minha vinhetinha ficou com cara de trilha sonora de vídeo de youtuber de verdade?! =)

Se vou me manter firme no esforço de fazer vídeo-PAPs por muito tempo, sinceramente, eu não sei...  (atentem para o QUASE do título deste post)... Mas essa história toda aí já me rendeu uma vinheta delicinha e um enorme divertimento! rs...

Replico aqui o vídeo com o PAP (e a vinheta!) pra vocês. E, já que é pra encarar o Youtube e experimentar sua "linguagem", então não posso deixar de "fazer a youtuber" e pedir: cês vão lá pra me dar um joinha, né não?? ;)





Vai lá! 
Se inscreve e dá um joinha! ;)
Canal Coisicas Artesanais

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Histórias de não esquecer - A cura do Libório

4 de outubro de 2018

A tristeza do imbuzeiro - uma "ciranda-canção"


Hoje não tem artesanato, mas uma canção...

Acho que preciso me justificar aqui... Afinal, esse blog foi criado para falar de artesanato e de coisas/pessoas a ele relacionadas...

Acontece que essa coisa de escrever em blog acaba por adquirir certo caráter de "meu diário" e, muito embora eu evite fazer isso por aqui, é inevitável que vez ou outra eu acabe mostrando mais "a cara" (e o que se passa no coração)...

E, então, acontece que Música é algo que "se passa" com a maior importância no meu coração! E é, provavelmente, o mais essencial alimento da minha alma... Meu ar puro, meu bálsamo, meu aconchego... E, assim, representando tudo isso para mim, ela é também muito maior e bem mais forte do que eu e, por vezes, me inspira "devaneios" e me move (contra minha própria razão) a fazer coisas meio nonsense - como, por exemplo, colocar uma ou outra música minha (mesmo que sem um mote - como é o caso desta de hoje) num blog onde me proponho a falar sobre artesanato...

Pronto. Acho que já está tudo devidamente explicado, né? ;)



Minha "ciranda-canção" e seu anseio de ser


A tristeza do imbuzeiro é uma música que "compus" (melhor seria dizer "intuí") no ano de 2014. Uma ciranda. Minha "ciranda-canção"... Ficou "guardada" no meu aparelhinho de mp3 com a letra rabiscada num caderninho cavoucado entre livros na estante... No ano passado marido criou um arranjo de violão todo lindo, todo abraço, todo aconchego para ela e, então, passamos a mostrá-la para alguns amigos e familiares.... E foi daí que veio a ideia (e a cobrança) de gravá-la (ainda que amadoramente) para poder publicá-la e deixar que tomasse vida, que passasse a existir...

Sim, porque música estocada em aparelhinho mp3 ou celular, música naquela pilha de cds empoeirados na estante, música anotada em partitura sobre o piano na sala da tia-avó que deixou de tocar devido à artrose... Nada disso é música, apenas registro, esquecimento ou privação... Música só é música naquele instante "mágico" em que soa, nota por nota, e nos toca, nos alcança e se faz dentro de nós... Música só é música quando, soando, nos invade pelos ouvidos, pela pele, pelos pés... coração adentro (ou coração afora) e se instala e acontece dentro de mim e de você, que a ouvimos, a sentimos, a reverberamos, somos por ela modificados e, em troca, a atribuímos sentidos, importâncias, memórias, esperanças... Apenas nessa hora a música existe.

Por isso eu vos ofereço esta que, muito embora minha, de autoria, não se quer "minha", mas de todos, de qualquer um, de tantos quanto possível... para poder tomar vida em cada momento que alguém, qualquer um, clique para ouvi-la e, assim, acontecer por aí, nuns ouvidos e corações desconhecidos, e ganhar novos sentidos e realizar-se e fazer-se plena em existência e, finalmente, ser música e, mais uma vez e tantas outras mais, poder tornar sempre a SER!

Que ela, então, assim SEJA!  ♥ 


Sobre devaneios


Devaneio 1: ela (A tristeza do imbuzeiro) não pôde esperar que eu, num esforço sincero de realizar um desejo guardado (entenda-se: devaneio tresloucado), conseguisse um contato para ofertá-la a Mônica Salmaso ou a Ceumar que, certamente, dariam brilho e beleza pra sua simplicidade. (Eu disse que era devaneio, né?). Impaciente, a pulular (o que é justificável depois de tantos anos a pobrezinha "trancada", ansiando vida), quis sair à rua logo, simplinha mesmo, como estava: descalça e de cara limpa, sem nem um batonzinho, sem nem um brinquinho na orelha... No anseio urgente de ganhar vida e animada pelo violão todo-amor que meu marido criou pra ela, me impeliu a fazer seu registro sonoro e a cantá-la - eu mesma, com os poucos recursos vocais de que, amadoramente, posso hoje dispor... Obedeci humildemente. E guardo a expectativa de que meus amigos e meus leitores (por ora, ouvintes), sabendo que somos (cantora e violonista) amadores, saberão também compreender e relevar nossas quase discretas falhas neste (urgente!) áudio, motivo pelo qual já vos somos muito gratos! ;)

Devaneio 2: antes mesmo de gravar A tristeza do imbuzeiro em estúdio, mas já em vias disso (o que significa dizer que naqueles dias eu dormia e acordava pensando nela), num certo sábado eu acordei com uma ideia bem maluca na cabeça (isso não é incomum, rs)... Maluca, mas tão clara e persistente (e tão fofa!) que eu não pude outra coisa senão me render (e me apaixonar perdidamente)... Naquele sábado recém-amanhecido, um desenho animado em preto e branco passava inteirinho na minha cabeça mostrando a história do imbuzeiro que entristeceu de saudades de uma rolinha que avoou pra longe... Tive certeza, naquela hora, de que a minha "ciranda-canção" deveria ser publicada com um filminho/desenho, ainda que simplão e caseiro... Tipo um clipe! :) Pedi ajuda ao meu cunhado, um cara que adora desenhar e faz desenhos lindos! Ele topou, feliz e engajado, e o "devaneio" daquela manhã de sábado, que me deixou com o coração palpitando pelos dias seguintes e outros mais, se tornou um filminho caseiro, fofo e real! ;)


Clique abaixo e conheça a música e o desenho "A tristeza do imbuzeiro" ;)




A tristeza do imbuzeiro
(Simone dos Santos)

Lá do alto do imbuzeiro rolinha avoou,
fez lembrar o dia quando partiu meu amor.
Imbuzeiro magoou de saudade de você, rolinha,
desde então o pobrezinho perdeu seu esplendor...

Lá do alto do imbuzeiro rolinha avoou,
fez lembrar o dia quando partiu meu amor.
Imbuzeiro magoou de saudade de você, rolinha,
adispois daquele dia nunca mais se abriu em flor.

Voa, rolinha! Torna voar! 
Longe de casa, tanto céu pra festejar...
Voa, mas volta pro teu amor,
pro meu imbuzeiro tornar se abrir em flor...


Minha sincera gratidão:

Aos meus pais e minha irmã, pela mais bela torcida - e a mais querida!

Aos amigos (Gui, Catita, Gíio, Lú, Myrtinha, Búbs) que (cada um ao seu modo), quando ouviram "A tristeza do imbuzeiro", me fizeram crer que, sim, eu deveria gravá-la! - Antes mesmo da Mônica Salmaso ou da Ceumar... ;)

Ao Brenno e ao Luiz Filipe, pela paciência e dedicação em estúdio.

Ao Marco Perez (o cunhado mais maneiro que minha irmã poderia me ter arranjado, rs) que, com tanta entrega e paixão, paciência, generosidade e carinho, fez os desenhos que tornaram realidade um dos meus (muitos) devaneios ;)

Ao Dagô, pela parceria que transcende ao arranjo desta canção...

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3 de julho de 2017

PAP - Flores de Tecido


"Eu tava forrando a cama
a cama pro meu amor
deu um vento na roseira
a cama se encheu de flor.
Leva eu, saudade,
se me leva eu vou"
(canto de trabalho das mulheres destaladeiras de fumo - Arapiraca/AL)

O Passo a Passo de hoje chega embaladinho por cantiga feminina, trazido num sopro de brisa fresca cheirando a bem-querer e casinha enfeitada de fulô... Ai-ai...

Bora lá? :)


Coisicas Artesanais - Simone dos Santos


Você vai precisar de:
- linha, agulha e alfinetes;
- tecidinhos com estampa de sua preferência;
- tesoura;
- palitinhos para aromatizante ou de churrasquinho;
- cola quente;
- tinta pva em tons de verde e/ou marrom para colorir os palitinhos (opcional).
- vidrinho de pimenta, de perfume, de condimento... ou lata de leite condensado ou de leite em pó para colocar suas flores (vai depender do tamanho do palitinho escolhido).

Obs.: um tecido que eu gosto muito de usar é o tricoline. Além de ter um toque suave e desfiar muito pouco, ele também pode ser encontrado em padrões com estampas mistas numa única peça. Isso facilita muito "a vida" na hora de escolher/compor as cores do seu trabalho, porque o tecido já traz padrões em tons e estampas complementares e que super combinam ente si ;)


Coisicas Artesanais - Simone dos Santos


Bem, a gente começa recortando o tecido em retângulos de aproximadamente 30 x 10 cm. Cada retângulo será uma flor. Se preferir, você pode fazer um retângulo em cartolina ou folha de acetato e usar como molde para riscar e cortar o tecido. Eu fiz no olhômetro mesmo, afinal, nem as flores duma roseira têm o mesmo tamanho, nem a natureza é tão milimetricamente simétrica assim... E nem eu tão capaz de superar certa preguiça - o mais contundente dos "argumentos"! ;P

Dobre o retângulo pela metade, na horizontal (de comprido), e prenda a dobra com ajuda de uns alfinetes. Recorte a borda oposta à dobra fazendo "ondinhas" de ponta a ponta. No final, deixe um pedaço bem fininho (de 5 a 7 cm, para amarrar no palitinho). Alinhave a borda ondulada. Use uma linha colorida, de modo a deixar evidente o alinhavo - para dar um charme rústico. Ao final, arremate. Obs.: esta será a parte visível da flor.

Coisicas Artesanais - Simone dos Santos

Na borda oposta à que vc acabou de alinhavar, ou seja, rente à dobra, faça outro alinhavo, mas agora puxando a linha, de modo a deixar o tecido ligeiramente "enrugadinho". Não arremate. Deixe uma sobra de linha "pendurada", pois será necessário ajustar o quanto ainda vamos puxar a linha para dar o efeito desejado quando estivermos aplicando ao palitinho. Obs.: esta será a "base" da flor, a parte que ficará presa ao palito.


Coisicas Artesanais - Simone dos Santos

Dê um nó com a ponta estreita do tecido no palitinho e, com um pinguinho de cola quente, ajuste o "rabo do nó" sobre a ponta do palito para cobri-lo, feito um "botão de flor". Vá "contornando" o palito com o tecido, aplicando cola em alguns pontos para fixar e alternando isso com umas "repuxadas" na linha, para enrugar o tecido o suficiente para parecer uma flor. Só ao final, quando der toda a "volta" com o tecido no palito, arremate. Obs.: cuidado para não queimar os dedos com a cola quente! :P

Coisicas Artesanais - Simone dos Santos


Pintar o palitinho é opcional. Eu faço assim: sujo a ponta do dedão e do indicador com tons de verde e marrom e "lambreco" o palitinho. Observação importante: pinte o palitinho e espere secar, antes de aplicar o tecidinho, para evitar borrar sua flor.

Sua primeira flor está pronta! Coloque-a num vidrinho bem bonito, de gargalo comprido (tipo uns vidrinhos de pimenta ou de molhinhos), como um arranjo de "solitária", aplique um lacinho do próprio tecido (desfie as pontinhas) ou faça dezenas de flores e monte um bouquet!

Coisicas Artesanais - Simone dos Santos

Eu fiz um bouquet e o coloquei numa latinha de leite pintada com PVA acetinado, onde apliquei decoupage de motivo floral e arrematei com laço de palha da costa.

E então? Gostou? Animou de fazer fulores para enfeitar de cores o seu lar??

Aproveito para replicar aqui o vídeo com a participação do Grupo Balaio no programa Sr. Brasil, onde eles interpretam a cantiga cujos versos introduziram este post... Pra curtir essa energia boa de aconchego e bem-querer e inspirar casas floridas, de janelas abertas (ai-ai)... pra deixar entrar o Amor!

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4 de dezembro de 2016

Coisicas Artesanais - Oh, Minas Gerais!


Hoje, dia 4 de dezembro, é dia de Santa Bárbara, por alguns considerada a padroeira dos mineiros. 

Entenda-se aqui por mineiro o trabalhador das minas (que por longos anos no nosso Brasil foram homens e crianças escravizados e forçados, em condições insalubres e perigosas, à busca de metais preciosos), e também, hoje, por extensão, aquelas pessoas nascidas no Estado de Minas Gerais (que não à toa tem este nome). 

Para além da minha "devoção" por pombinhos e do meu encantamento por Francisco de Assis (que ora já "dei pinta", ora já "escancarei" neste blog), hoje eu venho declarar meu não velado carinho (imenso!) por Minas Gerais.

Há muito tempo queria fazer esta pecinha e sempre deixava para depois! Esta semana eu a concluí e hoje venho apresentá-la. Simplezinha, singelinha, sem muito pra dizer... Só o essencial.


Coisicas Artesanais - Oh, Minas Gerais! - Simone dos Santos
"LIBERTAS QUAE SERA TAMEN" - Foto: Simone dos Santos


Coisicas Artesanais - Oh, Minas Gerais! - Simone dos Santos
Detalhe - Foto: Simone dos Santos

Descrição e medidas: placa de madeira em corte triangular nas dimensões 14,3 cm (base do triângulo), 10 cm (altura) e 2,1 cm (espessura), com 4 cm de profundidade (considerando o pombinho). Pintado em vermelho, numa alusão à bandeira mineira, com aplicação de pombinho e flor de madeira e acabamento encerado. 

Valor da peça: R$ 25,00 + frete.

Para obter mais informações sobre compra, frete e condições de envio, escreva para: coisicas.artesanais@gmail.com

* * *

Aproveito para replicar aqui uma canção belíssima de Celso Adolfo, compositor e cantor mineiro, que tão bem traduz esse sentimento (indizível) de mineiridade...

 

Serrano (Celso Adolfo)

Serrano pé de serra,
mundano dessa terra
mistério é meu tesouro,
minério que é de ouro é de Minas Gerais

Frango, arroz, feijão, torresmo de leitão
a tropa e o tropeiro é o mesmo coração
folhagem de imbaúba, tiziu no alçapão
tropeiro avança a história pro mar e pro sertão

Pedra mó que mói, a dor sabe o que dói
quem fica vê quem sai, saudade vê quem vai
O mundo é deste jeito, mei' pouco, mei' demais
ninguém sabe o sujeito das coisas desiguais

Pedra que lascou não tem mais volta não
lá vai o meu torrão, de mão em mão em mão
serrano pé de serra, nascido nessa terra
mineiro cheio de ouro, mistério é meu tesouro

sou de Minas Gerais.

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4 de outubro de 2016

Feliz dia de Francisco!


Hoje não tem artesanato, só uma breve reflexão (para além das crenças ou descrenças de cada um)...

Que nós possamos reconhecer que há momentos em que "o lugar" onde mais precisamos levar o amor, a paz, a união, o perdão, a luz, a tolerância, o bem-querer, a boa-vontade... é para dentro de nós mesmos...

Que a simplicidade de Francisco esteja conosco.
Paz e Bem!


clique abaixo e escute a Oração da Paz nesta versão fofa do grupo Nataraja:



Oração da Paz
Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz!
Onde houver ódio, que eu leve o Amor
onde houver ofensa, que eu leve o Perdão
onde houver discórdia, que eu leve a União
onde houver dúvida, que eu leve a Fé
onde houver erro, que eu leve a Verdade
onde houver desespero, que eu leve a Esperança
onde houver tristeza, que eu leve a Alegria
onde houver trevas, que eu leve a Luz...
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado,
pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive para a Vida Eterna.



Você sabia?

A Oração pela Paz, popularmente conhecida como Oração de São Francisco, é uma oração cujo autor se desconhece. Ela teria surgido no século XIX, sendo mais amplamente propagada no século seguinte. Leonardo Boff conta que um franciscano que visitava a Ordem Terceira Secular de Reims, na França, mandou imprimir um cartão contendo, de um lado, a figura de São Francisco e, do outro, a Oração pela Paz com a indicação da fonte: Souvenir Normand (ou, "recordação da Normandia", região onde inicialmente teria surgido a oração). No final, uma pequena frase dizia: “essa oração resume os ideais franciscanos e, ao mesmo tempo, representa uma resposta às urgências de nosso tempo” (eram tempos de guerra - a 1ª grande guerra assolava o mundo). Possivelmente pela associação indicada no cartão, a oração começou a ser difundida como se fosse de autoria do próprio santo. (fonte: wikipedia e franciscanos.org).


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