20 de abril de 2020

Coisicas (culinarescas) Artesanais - ¡Salmorejo! (sopa fria espanhola de tomates, facinha e delícia)


Ótima opção de entradinha, leve e fresca, mas "de presença", o Salmorejo é um prato muito comum no sul da Espanha (sobretudo na região da Andaluzia, donde vem), e eu tenho certeza que depois de provar essa receita, você vai anotá-la no seu caderninho com um desenho de coração ao lado, porque ela tem tudo que amamos: é deliciosa e facíííílima de preparar! 

Ó só!

Salmorejo - Coisicas (culinarescas) Artesanais - Simone dos Santos


Descasque, retire o "umbigo" e pique os tomates. Bata no liquidificador com o sal, o alho, um "filetão" de azeite (conte até 8 enquanto derrama ;)). Só depois junte o pão, picado e aos poucos, e vá batendo e observando a textura, até obter uma consistência cremosa ao seu gosto. Prove e, se achar necessário, corrija o sal. Guarde num refratário com tampa e mantenha na geladeira. Sirva frio.


Obs.: Dê preferência a tomates italianos, se possível orgânicos, e bem madurinhos. Acredite: isso fará diferença.

Outra obs.: a quantidade de pão é aproximada. A partir de 1, use o tanto que chegue na consistência que mais te agrade ;)

Só mais essa obs, a última: a receita original é feita com pão sovado, mas aqui uso também do francês e até francês integral, vai o que tem em casa e fica bom de todo jeito! ;)



Mais fácil que isso, acho que não tem. Tem?


Salmorejo - Coisicas (culinarescas) Artesanais - Simone dos Santos

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8 de abril de 2020

Música para tempos de incerteza...




Para tempos de incerteza: ouvir Castello Branco.
Para ouvir Castello Branco: despir-nos das nossas certezas.


O peso do meu coração - Castello Branco e Tomás Tróia




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4 de abril de 2020

Coisicas (culinarescas) Artesanais - caldinha de frutas vermelhas com um toque de alecrim


Adoro fazer geleia de frutas! E quando digo 'geleia' estou me referindo a toda uma família que inclui chimias, caldas, coulis... Pra comer com biscoitinhos, panquecas, waffles, iogurte, rechear ou cobrir bolos, montar sobremesas de copinho... O que a tua imaginação (ou apetite) mandar!

Essa caldinha de frutas vermelhas foi uma adaptação que fiz de receitas de coulis que eu já tinha testado em casa, misturada à observação de texturas e sabores que provei em cafés e restaurantes de "por aí afora"... A presença do alecrim foi inspirada numa calda que provei num restaurante chileno que tinha por responsável um simpático, muito inteligente, arejado e viajadíssimo senhor: Sir James.

Caldinha de frutas vermelhas com um toque "James" de alecrim

Ingredientes:

Calda de frutas vermelhas com alecrim - Coisicas Artesanais - Simone dos Santos

Modo de fazer:

Jogue tudo numa panela e leve ao fogo médio, mexendo até ferver. Nesse ponto, abaixe o fogo e continue mexendo por mais 5 minutos. Apague o fogo e espere esfriar um pouco. Passe prum potinho com tampa. Mantenha em geladeira por até 5 dias (preferencialmente, mas dura até mais). Sirva com o que bem entender! ;P

Calda de frutas vermelhas com alecrim - Coisicas Artesanais - Simone dos Santos

Calda de frutas vermelhas com alecrim - Coisicas Artesanais - Simone dos Santos

Calda de frutas vermelhas com alecrim - Coisicas Artesanais - Simone dos Santos



Observações:

Alecrim - o alecrim dá um frescor delicado (e inusitado) à caldinha, mas use apenas as folhinhas, dispensando o cabinho, ok? ;)

Açúcar - pode usar o que quiser: demerara, cristal, refinado... Eu gosto de usar o mascavo.

Limão - figurinha presente em geleias para evitar que fiquem escuras, ele é dispensável nesta receita de apenas 5 minutos de cocção ;)

Frutas vermelhas - eu sempre faço uma mistura de morangos (picados) e mirtilos (e, com menor frequência, incluo também amoras e framboesas). A cor fica incrível de linda quando você pode usar essas outras frutas, mas dessa vez, infelizmente, eu só encontrei morangos mesmo.

Calda de frutas vermelhas com alecrim - Coisicas Artesanais - Simone dos Santos
Calda de morango acompanhando iogurte natural e granola (caseiros) - aprenda a fazer iogurte caseiro aqui! ;)

A todos os que passam por aqui: se cuidem e cuidem dos que lhe são caros!
Saúde, paz e proteção! 

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29 de março de 2020

Coisicas (culinarescas) Artesanais - Torta de banana para tempos de reclusão


Nesses tempos tão difíceis em que todos nos vemos obrigados a assimilar uma nova realidade que se impõe drasticamente no mundo todo, a lidar com os nossos temores, com a insegurança pelo dia de amanhã, a cuidar dos mais velhos à distância, a rever o real valor das coisas e das pessoas nas nossas vidas, a se reinventar (ou se redescobrir)... eu vou fazer aqui uma coisa que nunca fiz nesses 4 anos de Coisicas: deixar uma receita.

Cabem explicações...

Tenho especial gosto por afazeres manuais e isso transcende ao artesanato e se aplica, claro, também à cozinha - lugar mágico, de cores e sabores, de cheiros e misturas, de transformações "alquímicas", de aconchego, de prazer, cura, bem-estar...

Some-se a isso o meu gosto especial por modos de viver antigos e mais naturais e vocês poderão compreender, por exemplo, o prazer que tenho de fazer meu próprio pão em casa.

E, finalmente, escondido por trás de toda essa "poesia" sobre a cozinha, está outro fato, inegável: eu amo comer bem (eufemismo polido para escapar de dizer que, sim, sou uma glutona)...

Quaisquer que sejam os motivos que nos levem à cozinha, é certo que ali estamos fazendo um chamego bom a nós mesmos e àqueles que amamos. 



Coisicas Artesanais - Simone dos Santos


Torta de banana da Dona Gersey*
*D. Gersey é minha sogra e foi ela quem me ensinou a receita, sucesso garantido na família ;)

Ingredientes:
- 3 xícaras de farinha de trigo (não encha muito, um dedo abaixo da borda) 
- 1 e 1/2 xícara de açúcar (eu reduzi para 1 xícara só)
- 2 colheres de sopa de margarina (ou 2 "quadradinhos" de 1 tablete)
- 2 colheres de sopa (cheias) de aveia (opcional - pode ser farelo, pode ser flocos, como preferir, ou não)
- 2 ovos
- 1 colher de sopa (rasa) de fermento químico em pó
- 4 ou 5 bananas prata cortadas de comprido (em 3 fatias finas ou pela metade)


1- Corte as bananas de comprido e reserve.

2- Junte os demais ingredientes numa tigela e amasse tudo com as mãos até ficar homogêneo e soltar das mãos (se necessário, junte um pouco mais de farinha pra isso). 



3- Abra a massa em forma de pizza (de aproximadamente 30cm) untada e polvilhada.

Minha massa ficou escura porque fiz com açúcar mascavo e usei 2 colheres de sopa de farinha integral (misturadas na medida de farinha), mas você pode fazer com açúcar refinado e só farinha branca que fica uma delícia também - e menos rústica ;)

4- Acenda o forno em temperatura média.

5- Espalhe as fatias de banana sobre a massa (pressione para que afundem um pouco).

6- Salpique canela por cima e leve ao forno em temperatura média, por 25 ou 30 minutos.



A receita original da minha sogra ainda leva uma "geleinha" por cima, antes de ir ao forno, que não fiz dessa vez por falta de maisena em casa, mas deixo a receita abaixo:

- 1 xícara de água com uma colher (sopa, rasa) de açúcar + 1 colher de chá de maisena + 1 colher de chá de essência de baunilha. Leve ao fogo e mexa até ficar transparente (aproximadamente 5 minutos após começar a ferver). Espalhe sobre a torta e as bananas no momento "5" da receita, antes de salpicar canela e levar ao forno.



No mais, se cuidem e cuidem dos que lhe são caros! 

Saúde, paz e proteção!

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1 de janeiro de 2020

Reflexão para os dias atuais: pra onde vai nosso lixo?


Todo comecinho de ano é mais ou menos assim: a gente resgata aquela "listinha de metas" elaborada com a maior boa vontade e confiança no fim do ano anterior (em meio a festas e correria),  pra verificar então, passada a euforia, o que é realmente importante, o que dá pra realizar e o que foi pura bravata regada a champagne ou sidra...

(Re)começar a dieta, entrar na natação, se inscrever naquela oficina de fotografia [pura bravata!], visitar a tia querida que mora longe, se alimentar melhor, se cuidar melhor [assim, de modo genérico, é bem fácil], voltar pro yoga, resgatar a espiritualidade...

Há uma infinidade de promessas que fazemos a nós mesmos e que renovamos todos os anos no desejo e na intenção de sermos pessoas melhores, de vivermos melhor e de cuidarmos melhor daquilo que consideramos que não deve ser negligenciado...

E... vamos combinar: o tanto de lixo que geramos e descartamos todos os dias é tema que não mais podemos negligenciar.


Precisamos enxergar nosso lixo e compreender que ele é responsabilidade nossa...


Para as gerações anteriores, lixo costumava ser algo "invisível". Mamãe e papai não o enxergavam muito bem, vovô e vovó tampouco, bisas e "bisos", "tataras", todo mundo que veio antes de nós... Ninguém se importava (e isso nem chegava a ser uma questão) com o destino do lixo, aliás, do seu lixo (muito importante frisar que, sim, lixo tem dono - isso passa despercebido ainda por muita gente)... 

Socialmente (e "hereditariamente"), então, adquirimos o costume de não enxergar nosso lixo e de não nos responsabilizarmos por ele... Assim, por "herança" e força do hábito, eu e você temos feito como as gerações passadas: juntamos todo nosso lixo numa sacola, botamos do lado de fora da casa e esperamos, hoje como sempre, que uma "mágica" aconteça. E, então, todo lixo que acumulamos nos últimos dias (plim!) "desaparece", cômoda e convenientemente. Uma maravilha que só!

Só que não... Todo lixo que "some" das portas de nossas casas, não some, mas se acumula contamina áreas (antes limpas) em cantos quaisquer (invisíveis??) das nossas cidades - os já saturados "lixões".

Tem sido assim, a vida toda foi assim, por força do hábito eu e você continuamos a fazer assim, mas não pode continuar assim.  O meu lixo e o teu lixo, hoje, se tornaram tema digno de entrar nas nossas mais audaciosas e bem intencionadas listinhas de  metas de fim de ano por uma vida melhor.

O bem (ou mau) do mundo se apoia em gestos e decisões individuais, em mim e em você...


Meta pro ano novo: dar um destino menos nocivo ao meu lixo, incluindo o orgânico!


Reciclagem de plástico, vidro, metal, papel e óleo de cozinha não é novidade pra ninguém. Eu já reciclo esses materiais há muitos anos, mesmo antes de a companhia de coleta urbana atender ao meu bairro com o serviço de lixo reciclável. Naquela época, saíamos, marido e eu, feito dois retirantes voltando pra terra natal, com sacolas de pano enormes penduradas nos ombros, carregadas de embalagens, potes, garrafas, vidros, cumbucas, papel, etc, até o supermercado mais próximo que oferecia tal serviço. Depositávamos nossos recicláveis nas caçambas devidas e aproveitávamos pra fazer mercado ali mesmo.

De uns anos pra cá a companhia municipal passou a recolher recicláveis no nosso bairro e as idas àquele mercado ficaram menos frequentes...

Ok... Os materiais recicláveis em minha casa estavam recebendo o destino devido e também já cuidávamos do descarte correto de lâmpadas, pilhas e afins, mas... Me incomodava muito (e cada vez mais) o fato de jogar no lixo cascas de banana, de legumes, de ovos, cascas e caroços de manga, de mamão, ervas de preparo de chá, pó do preparo do café, pão que embolorou, fruta que apodreceu... Porque eu sabia que aquilo ali era matéria orgânica muito rica em nutrientes pra terra... e que, indo parar num aterro sanitário, sem tratamento, misturado a outros materiais, com incidência de sol e calor (e fermentando), aquilo acabaria virando chorume e gás tóxicos... Uma perda duplamente lamentável: a matéria que poderia servir de adubo sendo desperdiçada e, pior, virando veneno que contamina solo e águas...

Quando, no ano passado, eu (re)comecei a me dedicar à jardinagem amadora, eu aprendi um monte de receitinhas de "bombas vitamínicas" para as plantas com o uso desse "lixo" orgânico (dá até dó chamar de lixo, porque é VIDA PURA, gente!), mas a demanda do meu pequeníssimo jardim não dava conta de tanto resíduo orgânico. A ideia de comprar uma pequena composteira, por sua vez, também não cabia no meu padrão e hábitos de vida e eu estava bastante frustrada por isso, porque eu tinha a clara convicção de que não poderia continuar tratando o meu lixo orgânico como sempre tratei... mas não encontrava uma solução... 

Foi então que marido deu a ideia: "Si, pesquisa por compostagem comunitária, alguém já deve ter inventado isso".

E não é que já tinham inventado mesmo!? ;)


O Ciclo Orgânico


Pesquisando sobre compostagem comunitária eu encontrei o Ciclo Orgânico. Idealizado por Lucas Chiabi, o projeto recolhe e transforma em adubo os resíduos orgânicos das casas dos seus inscritos. São oferecidos vários planos de coleta (com os "Baldinhos") dependendo do quanto de resíduo orgânico cada família produz e, portanto, da frequência com que precisa que seu "lixo" seja recolhido. 

Ciclo Orgânico recolhe e trata o nosso "lixo". No processo, todo material recolhido será virado e revirado, misturado a outros resíduos que auxiliam na compostagem, e transformado (com suor, conhecimento técnico e dedicação dos mestres composteiros) em composto orgânico que é distribuído para 3 finalidades. Uma parte é doada para hortas comunitárias na cidade, outra parte é disponibilizada para venda no site do Ciclo e 2kg são ofertados de volta a cada inscrito todo mês e, de quando em quando, você recebe também, junto com o composto, sementes de ervas ou hortaliças - eu já recebi de berinjela e de pimenta biquinho. :) Gente, é muito amor! ♥ ♥ 

Compostagem coletiva - Lucas Chiabi - Ciclo Orgânico
Olha aí o Lucas!


Em agosto do ano passado eu ingressei no "Ciclo" e, desde então, passei a sentir uma satisfação imensa, eu diria que uma alegria mesmo - muito embora possa parecer estranho sentir alegria a respeito de "lixo" (vovó pensaria assim, rs) ou, ainda, sob um enfoque mais moderno, a respeito de um assunto em que temos, enquanto sociedade, tanto a amadurecer ainda (meu sobrinho faria a crítica, rs)... Mas a verdade, não posso negar, é que juntar meu lixo orgânico no baldinho me traz satisfação e alegria sim. E é uma mudança tão simples (tão simples!), e que, no entanto, pode fazer tanta diferença! A diferença, aliás, é demonstrada em números no site do Ciclo

E é aquela velha história, né... A mudança do mundo começa em nós, enquanto indivíduos, cada um fazendo sua parte, o que lhe cabe, do jeito que pode e como dá. O bem (ou o mau) do mundo inteirinho se apoia em gestos e decisões individuais - e isso inclui a mim e a você (e, dentre outras escolhas, ao destino que damos, hoje, ao nosso lixo).

Eu me encantei com a proposta e com o trabalho do Ciclo, com a disposição e comprometimento de toda equipe, com a seriedade e transparência, mas também leveza, com que tratam o assunto. Tudo isso sem falar na importância e necessidade, nos dias de hoje, de um serviço como esse, que nos oferece a "ferramenta" (ou a "solução"!) pra tornar viável a vontade de dar um destino mais limpo, mais saudável, mais sustentável e menos nocivo ao nosso lixo.

Uma proposta tão simples quanto imprescindível: realimentar quem nos tem alimentado por milênios, devolvendo à terra o alimento e riqueza que dela extraímos para viver, retomando e reconduzindo o ciclo natural da VIDA, por nós mesmos, um dia, interrompido...

Quer fazer parte desse ciclo? Conheça melhor a proposta do Ciclo Orgânico, aqui.


Promoção pra cumprir sua mais nova meta de ano novo!!!



O Ciclo Orgânico está oferecendo uma promoção pra te ajudar a cumprir a meta de cuidar bem e dar um final mais limpo ao seu lixo orgânico. Quem se inscrever, até o dia 10/01/2020, nos planos de coleta do Ciclo ganha o Baldinho - sem taxa de inscrição ;)

Nesse período, também os produtos disponibilizados para compra (como composto orgânico e "chorume do bem", dentre outros) serão entregues sem custo de frete!

Confere lá, na Lojinha do Ciclo ;)


Há projetos como esse espalhados pelo Brasil


Se você não mora no Rio de Janeiro, onde o Ciclo Orgânico atua, aqui tem uma lista que eles disponibilizaram com outros projetos como esse Brasil a fora. Veja se algum desses projetos atende a sua localidade e comece já a cuidar do seu lixo orgânico! ;)

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