5 de abril de 2023

Panqueca de tabuleiro

Essa é uma velha torta de liquidificador que eu faço desde os tempos de solteira, quando minhas referências culinarescas estavam todas nos cadernos de receitas de mamãe. ♥ ♥ ♥

Aos poucos, já na vida adulta, na minha casa, fui modificando esta receita e deixando-a mais simples. Lembro, por exemplo, que ela levava queijo parmesão na massa, mas isso passou a me enjoar com o tempo... Excluída a iguaria, ajustadas proporções e experimentando farinhas diferentes, agregando azeite ao óleo para trazer perfume e alguma "crocância" às bordas, a massa foi ficando cada vez mais leve e delicada, em textura e sabor, qual uma panqueca deve ser.

Meu recheio favorito (descrevo abaixo) sempre foi de atum (com palmito ou cenoura picadinha ou, ainda, abobrinha, porque esses ingredientes aportam um "croc" muitíssimo bem-vindo à massa fofa e ao recheio molhadinho - experimenta!). Mas também faço, vez em quando, de cogumelos frescos salteados com legumes picadinhos ou só de cogumelos - nestas versões, temos lanches vegetarianos, saudáveis, nutritivos e igualmente saborosos! :P

Dá pra pirar no recheio e criar o que quiser! Uma colega do trabalho pra quem eu eu dei essa receita há muuuuuitos anos me contou que fez recheio de cachorro quente (com molho de tomate e salsicha picadinha) e que a criançada na casa dela amou! Vê? Dá pra soltar a imaginação sem medo de ser feliz! =)

Bora ser feliz?? Então, anota a receitinha aí! ;)


Panqueca de tabuleiro ou... 
a velha torta de liquidificador da mamãe ♥


Para a massa:
- 3 ovos
- 1/4 xícara de azeite*
- 1/2 xícara de óleo*
- 1 e 1/2 xícara de leite
- 3 colheres (chá) de fermento químico em pó
- 1 e 1/2 colher (chá) de sal
- 1 e 3/4 xícara de farinha de trigo (sendo 2 colheres de sopa de farinha integral)*

*Observações: por que eu uso óleo e azeite? Porque eu acho que a presença do azeite ajuda a perfumar e a formar uma superfície levemente crocante na torta. Como azeite é um ingrediente caro, eu uso só um pouco e já tenho o efeito desejado. A farinha integral também ajuda a formar essa casquinha na superfície, mas são detalhes opcionais, a receita funciona do mesmo jeito só com óleo e farinha branca. ;)

Bata tudo no liquidificador e despeje 2/3 da massa sobre tabuleiro untado e polvilhado. Distribua o recheio de sua preferência (já frio) sobre a torta e complete com o restante da massa por cima. Salpique orégano à vontade por cima e leve ao forno preaquecido entre alto e médio por 40 minutos.


O meu recheio favorito: 
- 1/2 cebola picada 
- 1 ou 2 dentes de alho amassados 
- filete de azeite 
- palmito picado OU cenoura picadinha OU abobrinha picadinha (a gosto) 
- 1 punhado de azeitonas verdes (opcional) 
- 1 lata de atum ralado ou aos pedaços, ao natural (escorra a água) 
- 1/2 xícara de molho de tomate (aproximadamente) 
- sal a gosto 


Numa panela, salteie cebola e alho no azeite, junte uma pitada de sal, o legume picadinho de sua preferência e deixe cozinhar por uns 5 minutos. Junte o atum, o molho de tomate, azeitonas e misture bem. Verifique e corrija o sal. Desligue o fogo e só coloque na torta depois de esfriar - para isso, prepare o recheio antes de fazer a massa ;)

Veja no vídeo abaixo o passo a passo de como fazer essa torta!



* * *

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16 de março de 2023

Cuca integral de banana e canela (muuuuuuuita canela!!!) ♥♥♥


Gente... eu amo essa tortinha, de paixão!!! ♥♥♥ Costumava comer uma assim num restaurante natureba, quando trabalhava no centro da cidade (lá se vão alguns anos). Muitas vezes, eu e mais duas amigas do trabalho, a Elis e a Fê, almoçávamos em outros restaurantes no centro da cidade, mas íamos lá no natureba apenas para pedir a sobremesa! :P

Sempre quis reproduzir essa torta em casa, mas nunca tive coragem de pedir a receita no restaurante - seria muito cara de pau, né? Mesmo quando não frequentava mais o restaurante - porque já não trabalhava no centro. Sem coragem de pedir a receita, comecei minha busca pela internet! 

Não encontrei nada muito exato, daí passei a fazer algumas apostas por conta própria, tentando recriar a torta com bananas fatiadas e farofa de cuca (era, afinal, uma cuca!!!), assumindo todo o risco de derrota na cozinha. E foram muitas tentativas frustradas, porque essa torta deve ser ao mesmo tempo desmanchosa e meio crocante, farofenta mas também molhadinha e nem sempre eu conseguia esses efeitos todos juntos.

Mas, sim, a perseverança é uma virtude também dos gulosos! :D

E houve um dia em que minha tentativa fez "plim", os ingredientes e as medidas "deram match" e eu alcancei êxito - e paz! rs... Finalmente, passei a tirar do forno cucas qual aquela do velho restaurante natureba: desmanchosa e crocante, farofenta e molhadinha! ♥♥♥

Ei, Elis!! Ei, Fê!! Lembram daquela torta de banana di-vi-na do restaurante natureba?? Podem anotar no caderninho!!! Olha ela aqui!!! =D


Cuca integral de banana e canela 
(muuuuuuuita canela!!!) ♥♥♥



1- Unte uma forma com margarina e polvilhe canela (para esta receita, uso forma redonda de 17cm de diâmetro).

2- Corte 4 ou 5 bananas em 3 fatias, no comprimento. Reserve. 

Obs.: quão mais maduras estiverem as bananas, melhor! Maduras, elas soltam umidade na massa e deixam a torta molhadinha! A quantidade de bananas também vai variar a depender do tamanho delas e de quão maduras elas estão. Quando bem maduras, elas ficam molinhas e você consegue encaixar mais fatias na torta, achatando-as (de leve) na farofa. Veja a montagem da torta no vídeo ao final desse post.

3- Prepare a farofa. Numa bacia, junte:

- 1 e 1/2 xícara de farinha integral

- 3/4 de xícara de açúcar mascavo

- 2 colheres (sopa, cheias) de canela em pó

- 1 tablete de margarina ou manteiga (o equivalente a 100g)

- 1 colher (sobremesa, cheinha) de margarina ou manteiga ou óleo de coco.

Amasse a gordura com um garfo e vá agregando tudo até formar a farofa.


Prepare a farofa amassando a margarina com um garfo e agregando aos secos.

4- Preaqueça o forno em 180ºC.

5- Monte a torta na forma, alternando camadas de farofa e banana fatiada, assim: uma camada de farofa e uma camada de banana, muuuuuita canela em pó por cima e mais uma camada de farofa, mais uma de banana, mais canela... Na minha forma eu consigo fazer 3 camadas e por cima da última camada, devemos finalizar com mais farofa. Alise de leve com uma colher e salpique mais canela por cima! ;)

Leve ao forno preaquecido a 180ºC e deixe assar por 35 minutos.

Abaixo deixo um vídeo com a montagem da cuca ;)



* * *


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25 de agosto de 2022

Bolo de chocolate e avelãs - só 3 ingredientes!!! (Sem farinha, sem manteiga e sem açúcar!)


Taqui um bolo que dá pra fazer de cabeça, sem precisar ficar checando a receita no caderninho a cada ingrediente agregado, porque (né?...) ele leva só 3 ingredientes!!! Chocolate em barra derretido, avelãs trituradas e ovos batidos. Sóóó!!! (Nem fermento vai!) Mistura-se tudo, leva-se ao forno e pronto!

Mas que bolo é esse?? Será que dá certo?? - Foi o que fiquei me perguntando por muito tempo quando vi essa receita, muuuuuitos anos atrás, no antigo (e delicioso) blog Chocolatria, da Simone IzumiNa ocasião, intrigadíssima e curiosa, copiei a receita pro meu caderninho pra "experimentar qualquer hora dessas", mas "a hora" nunca chegou e a receita ficou esquecida por longos anos (bota aí bem uns 10 anos, sem exagero!)... Cheguei a mudar de caderninho (de casa e até de Estado!) e passei a limpo todas as receitas que já havia provado e aprovado, deixando as demais receitas pra verificar depois e depois... e depois... Apenas agora, passados taaaantos anos, eu voltei a pegar aquele velho caderno pra dar um confere e checar o que mais faltava experimentar e, quando bati o olho nessa receita, agora, eu pensei - respondendo ao que havia me perguntado anos atrás: mas é claro que dá certo!!! 

Hoje, tantos anos (e receitas) depois, reconheço neste bolo um inegável parentesco com a divina, perfumadíssima e muito-fácil-de-fazer Torta Piemontese (♥), uma deliciosa iguaria típica da culinária do norte da Itália que leva apenas ovos, avelãs trituradas e açúcar. Mais nada!!! (Já mostrei como fazer dela aqui). A diferença entre a Torta Piemontese e este bolo de hoje é que, no preparo deste, nem fermento vai e, em vez do açúcar daquela, aqui vamos de chocolate. Também o resultado final, quanto a textura, será diferente nessas duas tortas, o que explicarei ao final deste post.

Tá... mas não se deixe enganar! Embora não leve farinha, manteiga, nem açúcar nem fermento, esse não é exatamente um bolo que possamos chamar de saudável (exceto pelo fato de que ele faz bem, sim, pra alma! rs), porque o chocolate presente na massa aporta gordura e açúcar mais que suficientes para gente precisar moderar bem a gula diante dele, viu? 

Mas... vamos à receita! Anota aí no seu caderninho e faça o favor: não leve tanto tempo, como eu, pra experimentar desse pecadinho, ops!, dessa gostosura! =)


Bolo de chocolate e avelãs - só 3 ingredientes!

"Meio-primo" da Torta Piemontese, esse bolo leva só 3 ingredientes! ♥


Ingredientes:

- 350g de chocolate ao leite* 
- 1 xícara de avelãs moídas, previamente tostadas e sem pele. (Veja no pré-preparo desta receita aqui, as dicas para tostar avelãs em casa)
- 4 ovos grandes.

* Eu usei 4 barras de chocolate, sendo 3 de 90g e 1 de 85g, somando ao todo 355g - deu certo. Substituí também metade do chocolate ao leite por meio amargo, para adequar o "teor de doçura" da receita ao paladar aqui de casa. 


Ovos, chocolate derretido e avelãs trituradas - e só!!


Modo de fazer:

Pique os chocolates e derreta em banho-maria. Reserve.

Triture avelãs num mixer, em quantidade suficiente para obter 1 xícara de "farinha". Reserve. 
Obs.: não triture muito as avelãs, para evitar que elas soltem óleo e a farinha aglutine. Ademais, uma farinha com alguns grânulos é até bem-vinda ;)

Bata os ovos até dobrar o volume. Junte a farinha de avelãs e misture. Junte o chocolate derretido e misture. Pronto! Mais fácil que isso não tem, né?



Transfira a massa para uma forma untada com manteiga e polvilhada com chocolate em pó. Leve ao forno preaquecido em temperatura baixa (180ºC), por 35 minutos. Não deixe cozinhar muito para não ressecar. A ideia é ter um bolo sequinho por fora e úmido por dentro. Para isso, fique de olho no seu forno e, antes de apagar, dê uma tremidinha na grelha e observe se a massa está firme em volta e úmida no centro. Essa é a hora certa de tirar do forno!

♥♥♥

No primeiro dia, se servido ainda quentinho, o bolo fica bem molhadinho, ligeiramente granulado, leve e fofo. É como eu prefiro. Depois de frio, sua massa permanece úmida e fofa, mas ela perde a "granulosidade" (meu Deus, dai-me léxico em culinarês!) e se adensa, ficando mais "compacta" e lembrando um pouco uma espécie de "fudge" ou um "fondant", só que macios (nisto, uma diferença para a Torta Piemontese, que permanece "granulosa") e o chocolate fica mais preponderante, dando a impressão de que você está partindo ou mordendo, não uma fatia de bolo comum, mas uma espessa e muito tenra barrona de chocolate! É, definitivamente, um bolo para os chocólatras incorrigíveis e chocoloucos inveterados de plantão! ♥ ♥ ♥

=D


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15 de agosto de 2022

Coisicas (culinarescas) Artesanais - Três receitas com espinafre! :P


Amooo... ♥


Quando criança, eu era muito chata pra comer e torcia o nariz pra muita comida boa - mesmo antes de  provar! Nota: "mesmo antes de provar" é pura força de expressão porque, de fato, eu não provava nada que já tivesse condenado - e pra condenar qualquer alimento, bastava que eu não fosse com a cara dele ou achasse muito esquisito seu nome. Pronto, não tinha conversa.

No quesito "comida feia" marcavam presença a berinjela, o inhame, o quiabo... Já no quesito "nome estranho", estrelavam o rabanete, a beterraba e, novamente, o quiabo... Sim, alguns alimentos figuravam em mais de uma categoria de proibições. O quiabo, além dessas duas mencionadas, ainda elencava a de "textura pavorosa", junto, aliás, do inhame, outro que aparecia em muitas categorias... 

Eram muitas as limitações, e um alimento deveria cumprir uma série de requisitos para ter a graça da minha simpatia gustativa. A 'coisa' não poderia ser "paposa" ou gosmenta, mas a crocância de uma cebola tampouco era tolerada; não poderia ter cor "berrante" ou "cheguei", mas a coloração pálida da batata doce era igualmente rechaçada; não poderia ser amarga e, em se tratando de comida, em hipótese alguma deveria ser doce! Com essa infinidade de quesitos proibitivos, excluía-se quase tudo de nutritivo (para desalento de mamis)...

Mas nenhum alimento era tão temido quanto a abominável, indigesta e nauseante minhoca - uma larvona grande e gorducha com riscos anelados, qual um congolo pálido e inchado que, um pouquinho mais velha, apurei os ouvidos e compreendi se tratar do gnocchi !!! (ou nhoque mesmo), rs...

 Gnocchi feito em casa. Desfeito o quiprocó, hoje eu adoro o prato que, na infância, achava que era feito de minhocas! ;)

Pra não dizer que não salvava nada, eu até gostava de uma couvezinha à mineira e gostava muito, mas muito mesmo, de abobrinha (também, pudera! Com um nome fofo desses! rs).

E o espinafre estava lá nas categorias de amargosidade e feiura, mas com conversa e jeitinho, mamãe me convencia a comer um pouquinho, afinal, não era tão terrível como parecia... (e não chegava a ser insuportável, principalmente se comparado à asquerosa "minhoca"!)...

Ainda bem que essa fase enjoada com comida ficou lá pra trás! Hoje eu como de tudo, adoro experimentar novos pratos e inventar combinações de ingredientes, sabores e texturas, e posso dizer que muitos dos alimentos que me faziam torcer o nariz na infância, hoje eu como com gosto! O espinafre é um belo exemplo disso! Amo! ♥

Mas nem toda percepção da infância foi superada e preciso confessar que preservo ainda algumas implicâncias, é bem verdade... Essa coisa de doce na comida, por exemplo, ainda me embrulha o estômago... De batata doce e abóbora, portanto, ainda preciso manter uma distância segura... Vivo bem melhor sem elas!

Ok. Também não precisamos gostar de tudo nessa vida, não é mesmo?

Mas, ora! Deixemos de prosa e vamos aos pratos! :)



Antes, porém...

Antes de falar dos pratos em si, tem o preparo do espinafre, né? Se lavar, cozinhar no vapor, picar e refogar espinafre não é novidade pra você, então rola a barra até a primeira receitinha, mais abaixo. ;) 


Higienizar:
Deixe o espinafre de molho numa bacia com água misturada a uma tampinha de água sanitária por 15 minutos. Escorra a água e lave o espinafre sob água corrente. 


Cozinhar no vapor:
Após lavar, cozinhe o espinafre no vapor por 5 a 7 minutos, 10 minutos no máximo (a depender da quantidade). Se você não tem panela de vapor, disponha o espinafre numa panela bem grande com uma colher (sopa) de água no fundo. As próprias gotinhas que ficam no espinafre após a higienização, também vão ajudar a formar o vapor pela panela (que precisa ser grande, pra deixar o ar circular dentro). Tampe a panela e deixe em fogo entre brando e médio até que as folhas percam parte do volume. Se for muita quantidade, após a primeira "murchada", mexa um pouco o espinafre na panela para que cozinhe tudo por igual e deixe mais um pouco. O espinafre vai "murchar" (perder volume) e ficar com um verde intenso, vívido e brilhante e suas folhas e talos permanecerão crocantes. Apague o fogo e deixe esfriar.



Picar:
Após cozido no vapor e já morno ou frio, esprema o espinafre com as mãos para retirar o excesso de líquido. Sairá um caldo verde escuro. Não jogue fora este caldo, aproveite-o no feijão, no cozimento do arroz, na sopa ou na massa de pães caseiros ;)

Pique grosseiramente o espinafre, aproveitando os talos! Descarte apenas aqueles pedacinhos de talo que não estejam "croc" e que resistam ao corte da faca, aí sim, esses pedaços vão pro seu baldinho de orgânicos ou composteira ou poderão servir de ingrediente para fazer uma "vitamina-adubo" para plantas ;) Para facilitar o processo de identificar talos bons e pedaços a descartar, sugiro separar folhas e talos e picá-los em separado, depois pode juntar tudo outra vez. ;)



Refogar:
Numa frigideira com azeite, frite alho e cebola picados e junte sal a gosto. Espere a cebola "esmaecer" um pouco (ficar levemente transparente) pra perder aquele "croc" ardido. Só então junte o espinafre. Como ele já foi cozido no vapor, basta saltear por 3 minutos. A quantidade de cada coisa vai depender do gosto de cada um. Geralmente, para o volume de 1 prato raso de espinafre já cozido e picado, eu uso 1/2 cebola grande e 2 dentes de alho.


Obs. importante: você não precisa necessariamente passar o espinafre pela etapa do vapor. Depois de higienizado, você pode picá-lo grosseiramente e refogá-lo imediatamente. A dica de aproveitamento dos talos serve igualmente neste caso. Refogue o tempo suficiente para ele murchar um pouco e ficar com coloração verde vívida e intensa. Fica uma delícia! Um sabor intenso e maravilhoso! Poréééémmmm... observei que a mim o espinafre apenas salteado, sem cozimento prévio, costuma causar muita azia (uma pena!), por isso eu sempre passo pelo vapor, mas não é uma etapa obrigatória ;)

Bem, esse é o preparo básico do espinafre e é a partir desse refogadinho (com ou sem cozimento prévio, a depender do estômago de cada um, rs) que vamos fazer as receitas a seguir ;)


Refogadinho de espinafre e ovos

"Boniteza não põe mesa"... Bonito não é, mas é gostoooso! :P

Essa eu aprendi com mamis, que costumava usar chicória ou bertalha em vez de espinafre - e ficava mega delicioso, embora naquela época eu comesse fazendo esforço, rsrs...

Esse refogadinho com ovos é a mais simples das receitas de hoje! Sabe a base refogadinha que acabamos de ver ali acima? Pois então, com o fogo ainda aceso, quebre alguns ovos por cima, salpique sal, pimenta ou outros temperos do seu agrado, tampe a panela e deixe cozinhar em fogo médio até que os ovos estejam no seu ponto favorito. É rapidinho, mas isso também vai depender do tamanho da sua panela, então, dá uma conferida com um garfo pra sentir o ponto das gemas antes de apagar o fogo. ;) 


Sirva aos pedaços, com arroz e feijão, por cima do angu ou acompanhando aquela carne suculenta de panela. Bonito, bonito, não é, mas, gente, fica uma delícia!

Básico, fácil, saboroso e nutritivo! ♥



Quiche de espinafre, nozes e queijo de cabra ♥

Taí uma combinação de ingredientes que é a própria perfeição! Espinafre refogado, nozes e queijo de cabra - parece que nasceram uns para os outros e, juntos, para nosso deleite! ♥

Essa mesma mistura eu também uso para rechear massas caseiras (sorrentinos e ravioles - amo!), que sirvo com molho de tomate caseiro e simples. É de comer rezando! ♥♥♥

Para a quiche, faça a massa e o creme conforme receita que já publiquei anteriormente, numa ocasião que fiz quiche de alho poró (veja aqui). O que muda é o recheio da montagem: sobre a massa, coloque uma primeira camada de queijo de cabra ralado, por cima, coloque uma camada de espinafre refogadinho. Espalhe mais pedacinhos de queijo picado por cima e nozes quebradas (como na foto abaixo) e, por fim, despeje o creme por cima de tudo, com cuidado. Leve para assar em temperatura alta por mais ou menos 30 minutos ou até que o creme esteja consistente e levemente dourado. 


Etapa da montagem com nozes e queijo de cabra e, ao lado, a quiche pronta.
Um prato de presença - e de lamber os beiços! ♥


Arroz com espinafre, nozes, gergelim e atum

Essa é uma invenção meio maluca minha, de uma ocasião em que eu estava muito "pistola"... Aqui em casa não temos o costume de jantar, mas quando eu bolei esse prato maluco, muitos anos atrás, eu tinha tido um "dia de fúria" (leia-se TPM com muita ansiedade e inquietude) e eu estava chegando em casa varada de fome, depois de um dia cheio no trabalho e de uma sessão de pilates que eu me obriguei a ir. Naquele dia eu precisaaaava COMER, me fartar de comer!!! Era fome física e fome emocional, tudo junto! (E quem nunca??)

Reconhecendo que estava numa TPM braba daquelas, garimpei tudo o que tinha em casa e que, dizem, teria propriedades "anti-TPM". Ômega 3, magnésio, vitamina E, ferro, fibras... Traduzindo: atum, nozes, gergelim, espinafre, cebola, azeite, rs... Refoguei tudo, juntei um arroz integral cozido de véspera que estava na geladeira e montei meu prato. Gente! Comi com um prazer i-ne-nar-ráááá-vel! E repeti! 

Sem mistério: ao refogado de espinafre, junte 1 lata de atum,
arroz cozido, nozes, gergelim, finalize com um
filete de azeite, misture tudo e seja feliz!

Tudo bem, vamos dar o desconto que, na situação limítrofe em que eu estava com aquela TPM9 (TPM elevada à nona potência), minhas emoções e reações a qualquer coisa estavam exageradas (para o bem e para o mal) e isso pode ter aumentado também o meu deleite diante desse prato, mas... por via das dúvidas, eu tornei a fazê-lo em casa e passei a prepará-lo de vez em quando e, com ou sem TPM, continuo achando esse prato uma delícia! Até marido me acompanha com gosto (ele, que não tem TPM, rs)... O sabor do atum, o "croc" aconchegante das nozes, os sabores do espinafre e do gergelim, o perfume do azeite... Tudo junto num prato leve, saboroso e...  "curativo", eu diria ;)

Naquela noite, matei as fomes (a física e a emocional) que me aplacavam e serenei a inquietude de um dia inteiro num prato que me caiu beníssimo, tive um final de dia sussa e dormi com os anjos, saciada e em paz! rsrs...

Meu arroz maluco "anti-TPM"...
Placebo ou não, o prato é leve, saboroso e "apaziguador" ♥

* * *


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30 de julho de 2022

Pedro Soldatelli e seus Trecos com Arte (muita arte!)

Em outubro do ano passado, eu passei uma pequena temporada na serra gaúcha para resolver algumas demandas pessoais. Não era, absolutamente, uma viagem a passeio. Mas... num pulo rápido ao centro da cidade, onde fui para tratar algumas pendências burocráticas, me deparei com um trabalho artesanal que me fez esquecer o que eu tinha ido fazer ali...

No meio do caminho entre a rodoviária e o banco, esqueci a pressa, a hora, a fila, a burocra e me permiti parar pra admirar aquele trabalho tão lindo, que me tocou fundo no coração, porque trazia uma linguagem muito familiar e tão querida para mim, o rústico e o delicado unidos em simbiose perfeita, muitas cores, madeira, arame e cerâmica, tudo delicadamente combinado! 

Os encantos que me fizeram parar a correria do dia ♥


De certo modo, aquelas peças me lembravam muito o artesanato de Minas Gerais (que eu amo! ♥), mas elas traziam consigo uma novidade, um algo a mais: a força inventiva e a criatividade livre e sem limites daquele artista. Sua mão, seu coração e, por assim dizer, sua assinatura estavam presentes em tudo ali, em cada detalhe de cada peça!


*Foto gentilmente cedida ♥
créditos ao final da postagem*

*Foto gentilmente cedida ♥
créditos ao final da postagem*


*Foto gentilmente cedida ♥
créditos ao final da postagem*


*Foto gentilmente cedida ♥
créditos ao final da postagem*


Pedro Soldatelli é o artista, um fazedor de trecos luminosamente criativo! E os "trecos" que Pedro cria irradiam liberdade, porque ele parte de uma estética mais ou menos conhecida de todos nós para, entretanto, apresentar peças que escapam do óbvio. Um pequeno casario emoldurado por um velho cabide de roupas, um gato estilizado com a barriga vazada de onde pende um coração, casinhas de passarinho super estilosas, barquinhos veleiros que te fazem sentir a brisa do mar, Franciscos de Assis envoltos por passarinhos a voar! ♥ Os "trecos" do Pedro, seguramente são bem mais que trecos, são arte mesmo, porque ultrapassam o já visto, o esperado e nos transportam para um lugar de surpresa e beleza!


*Foto gentilmente cedida ♥
créditos ao final da postagem*

*Foto gentilmente cedida ♥
créditos ao final da postagem*

Naquele dia, impactada e encantada diante de tudo o que Pedro e Flávia, sua esposa, expunham naquele cantinho de galeria, eu entendi que estava diante de algo muito especial! Por isso minha marcha foi brecada, minha urgência foi suspensa, e eu parei ali pra poder admirar aquele trabalho!


Impossível não se encantar! ♥


Na ocasião, eu fiquei tão feliz com aquele "achado", que, já embalados em boníssima e simpática prosa (eu, marido, Pedro e Flávia), eu lembrei que poderia "remover o pó" da "blogueira de artesanato" que adormece em mim (rs) e perguntei se poderia escrever um pouco sobre eles aqui no Coisicas, e eles consentiram muito gentilmente! Fiz algumas fotos que guardo com carinho e, hoje (finalmente!), venho mostrar um pouquinho desse trabalho tão lindo e cativante, tão rico e singular, tão cheio de referências e histórias e, ao mesmo tempo, tão carregado de belíssimas surpresas! ♥


Selfie pra lembrar do encontro e da prosa - outubro/2021

O cantinho com as peças expostas - que me fizeram parar tudo! ♥


Pedro, Flávia, muitíssimo grata pela prosa tão legal que tivemos, pela simpatia que irradia de vocês e pela oportunidade de trazer um pouquinho desse trabalho tão lindo (e também esses sorrisos) pra compartilhar aqui no Coisicas! Adoramos conhecê-los! ♥ Muita luz, inspiração e criatividade sempre-sempre no caminho de vocês! ♥


Pedro e Flávia - dois queridos! ♥

Para os leitores que gostaram de conhecer um pouquinho desse trabalho tão lindo, não deixem de acompanhar as novidades e saber por onde eles andam expondo seus Trecos com Arte (sim, muita arte!). Vou deixar abaixo os links para suas redes sociais. Sigam lá! ;)



* As fotos gentilmente cedidas para esta publicação são de autoria do Pedro, da Flávia e de Rafael Sartor (@rafaelsartoroficial).

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